Camamu comemorou seus 450 anos com Desfile da Cultura

A comemoração dos 450 anos (27/06) foi um espetáculo da cultura camamuense. O desfile cultural foi um show: a prefeita Ioná Queiroz abriu o evento com um discurso e agradecimentos à população presente. No palco estavam alguns vereadores, como Reuter Meirelles, Edmael, o prefeito de Igrapiúna Edmundo, além de secretários como Madalena (Turismo), Renata (Social), Zezé Queiroz (Educação) e outros. Os aplausos eram como um abraço de todas as pessoas ali presentes, demonstrando o compromisso de cada integrante dos grupos que desfilavam. Era visível em cada rosto, mesmo sob a chuva, a atenção ao que acontecia. A apresentação do grupo da aldeia indígena foi uma afirmação de que os índios existem e que este lugar maravilhoso, nossa terra, é nossa porque eles a guardaram e protegeram, permitindo que todos nós pudéssemos aqui estar. A dança de cada índia, com sua fantasia (vestes originais), sua beleza estampada no rosto de um povo que mantém sua cultura viva, foi tocante.

Também desfilaram os estudantes do Colégio Pirajá da Silva, com a nau simbolizando a chegada de Cabral, os jesuítas e o descobrimento do Brasil. Houve desfile de jovens vestidos como plantas verdes e outras queimadas, em protesto ao desmatamento criminoso que ainda acontece no Brasil. O desfile da fanfarra foi um show à parte. Mesmo sem a fantasia tradicional, eles fizeram a festa brilhar e tocaram o hino de aniversário de Camamu. Parabéns, Professor Welington! As crianças deram um show no desfile do bumba-meu-boi, e a história de Camamu foi contada com voz e gestos. Vejam as fotos e a beleza da professora Valquíria.

Foi, sem dúvida, a comemoração mais bonita da história de Camamu, como depoimentos de várias pessoas presentes no desfile confirmaram.
Parabéns aos professores(as) e, em especial, a Suzana, André Carvalho (Cultura), Josenaide, à secretária Zezé Queiroz (Educação), Madalena (Turismo), Renata (Social), à polícia pela segurança e ao povo que, mesmo com toda a chuva, compareceu e abrilhantou a comemoração dos 450 anos de Camamu.

Conheça a História

Camamu é uma das mais antigas cidades brasileiras, fundada em 1560 a partir de uma aldeia de índios tupiniquins catequizados pelos jesuítas, que ali ergueram a Capela de Nossa Senhora da Assunção de Macamamu. A criação da vila em 1565, juntamente com as de Cairu e Boipeba, foi obra do segundo donatário da capitania de Ilhéus, Lucas Giraldes.

Com seu mirante na parte alta, a cidade está situada defronte a uma baía (a terceira maior do Brasil), repleta de manguezais, habitada, segundo a lenda local, por uma figura mitológica nativa chamada "Curupira", que tem os pés voltados para trás e que já fez com que pessoas desatentas se perdessem no mangue.

Com um rico patrimônio arquitetônico e urbanístico, além de uma das maiores igrejas do interior do estado, a Matriz de Nossa Senhora da Assunção, do século XVIII, Camamu é uma cidade de "dois andares", que preserva a tradição luso-brasileira, com ruas tortuosas e estreitas, como as ruas de Lisboa, Porto, Salvador e Maraú. O sítio onde a cidade foi implantada é acidentado, com desnível superior a 40 metros.

A cidade alta abriga prédios coloniais, a Igreja de Nossa Senhora da Assunção, a Igreja de São Benedito (1839), onde residiram os jesuítas, e destaca-se ainda a Igreja de Nossa Senhora do Desterro (1670), com sua cúpula nervurada de base quadrada, uma reminiscência gótica, além de antigos casarões. Do mirante, avista-se a bela baía de Camamu, entrecortada por manguezais.

Na parte baixa da cidade, destaca-se a feira e o porto de embarcações para Barra Grande e para a Baía de Camamu, às margens do Rio Acaraí, que se abre em meio a um vasto manguezal. A região foi inicialmente habitada pelos índios Macamamus, que originaram o nome Camamu.

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