O que motivou a mudança?
Pesquisas recentes revelaram que o risco de eventos como infarto e AVC aumenta progressivamente, mesmo em níveis de pressão considerados “normais” no passado. Assim, uma nova meta para controle da pressão arterial passa a ser uma faixa mais baixa, com objetivo de manter a pressão sistólica entre 120 e 129 mmHg e a diastólica entre 70 e 89 mmHg . A Sociedade Europeia de Cardiologia (ESC) destacou que esta abordagem mais rigorosa pode prevenir doenças graves e melhorar a expectativa de vida.
Como será o tratamento?
Inicialmente, recomenda-se mudanças no estilo de vida, como dieta saudável, exercícios e redução do consumo de sal , por pelo menos três meses. Caso a pressão permaneça acima de 130/80 mmHg e o paciente tenha risco cardiovascular elevado, será indicado o uso de medicamentos. Esse novo protocolo busca tratar a hipertensão precocemente, mesmo em pacientes mais jovens e não frágeis, com o intuito de evitar danos futuros ao coração e aos vasos sanguíneos.
Flexibilidade para cada paciente
Apesar das metas mais rígidas, as diretrizes autorizam que nem todas as reduções intensivas sejam toleradas. Assim, cabe ao médico adaptar o tratamento de acordo com a condição e resposta de cada paciente, especialmente entre idosos e pessoas com maior sensibilidade à queda brusca da pressão.
Essa revisão nos intervalos reflete uma evolução nas práticas médicas, alinhando-se à prevenção intensiva de problemas cardiovasculares e enfatizando a importância de uma gestão contínua da saúde arterial.
Para quem tem pressão alta, veja algumas recomendações:
- Evitar alimentos ultra processados, como lasanha, pizza e hambúrgueres.
- Evitar temperos prontos em cubos ou em pó, realçadores de sabor, molho de soja, ketchup, molho inglês, sopa desidratada e amaciantes de carne.
- Evitar bebidas alcoólicas e refrigerantes.
- Consumir frutas ricas em potássio, como banana, abacate, uva-passa, melancia, laranja e abacaxi.
- Consumir legumes e verduras, como beterraba, couve, alho e feijão.
- Consumir grãos e alimentos integrais, como aveia, farinha de trigo integral, arroz integral.
- Consumir laticínios com baixo teor de gordura.
- Consumir frango, peixe e frutas oleaginosas.
- Reduzir o consumo de carne vermelha, doces e bebidas com açúcar.
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