Por Adelmo Rocha | 27/10/2025. Kuala Lumpur, 27 de outubro de 2025 – Na esteira
da reunião entre Lula e Trump (26/10), surge uma dúvida central: Lula está mais
preocupado com as sanções Magnitsky contra Alexandre de Moraes ou com as
tarifas de 50% sobre café e aço impostas pelos EUA? A resposta, após o encontro
na ASEAN, indica uma estratégia de realpolitik: Lula vincula ambos os temas
para ganhar tempo e consolidar sua posição até 2026, quando buscará um quarto
mandato.
Tarifas x Sanções: O Cálculo de Lula
Lula classificou as tarifas como “eminentemente políticas”, atribuindo-as à
“ingerência bolsonarista” (G1, 26/10). As tarifas representam um custo anual de
US$ 5 bilhões para o Brasil, com aumento de 15% no preço do café e cerca de 1,2
milhão de empregos no agronegócio ameaçados (Abiec). No entanto, durante a
ASEAN, Lula deu prioridade às sanções, pedindo a suspensão temporária:
“Queremos negociar sem pressões”, declarou Vieira. Pressionado pela inflação
nos EUA, Trump sinalizou possibilidade de acordo dentro de “semanas”.
Impacto Econômico e Político
As tarifas afetam diretamente 30% das exportações brasileiras de café, sendo os
EUA o principal destino. Lula tenta alternativas na China, mas o mercado
americano permanece essencial. Nas redes sociais, aliados comemoram: “Lula
fechou pontos contra tarifas” (@PedroRonchi2), enquanto críticos alertam:
“Entrega soberania” (@BolsoLivre22).
Lula e 2026
Com 50% de intenção de voto (AtlasIntel), Lula utiliza a crise para fortalecer
sua narrativa de “estabilidade” frente a uma direita fragmentada.
No próximo artigo: Um acordo pode derrubar o bolsonarismo?
As apostas de Lula e Trump.

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